de 29 de abril a 15 de maio
A cada inovação tecnológica somos invadidos por um sentimento misto de alívio e terror. Por um lado tudo promete ficar mais fácil, por outro também sentimos que isso pode transformar a nossa humanidade. Deixaremos de ser humanos ou ainda não o somos?
Por meio de diversas instalações na escola Yázigi, a exposição busca despertar no visitante uma interlocução. Tachos, potes e panelas, são dispostos e utilizados de várias maneiras, pondo sempre em evidencia a sua forma e não o seu aspeto prático. Intitulados de Inutilitários, estes objetos refletem a necessidade do fazer do homem. Antes de ser homo sapiens o homem precisou ser homo-faber. A artista se utiliza deste conceito para pensar a humanidade como uma procura, uma construção de si mesma.
O hábito molda a idéia que fazemos do mundo. Se você está daquele lado e deste estou eu é o hábito que denuncia e revela a delimitação dessa fronteira. Um hábito quando é muito arraigado, quando aparece antes que nós mesmos aos olhos dos outros, é um Habitus. A nossa maneira estar na vida.
Qual é a nossa maneira ser humanos?
